Safra de pera portuguesa anima setor logístico

21 Out 2021
Safra de pera portuguesa anima setor logístico
Texto escrito em Português do Brasil

Mesmo com real desvalorizado em relação ao euro, exportador europeu ainda consegue pôr a fruta a preço competitivo no Brasil.

A safra de pera portuguesa (rocha em Portugal) deve resultar em um aumento dos embarques de FLV (frutas, legumes e verduras) operados pela Rangel entre a Europa e o Brasil, ao menos até o início de novembro, fim previsto da colheita da fruta.

Após ampliar a equipe comercial, fazer acordos com armadores para reservar contêineres refrigerados e assegurar presença nas principais feiras europeias de frutas com sua equipe de vendas, o operador logístico espera embarcar este ano entre quatro e cinco vezes mais pera portuguesa do que o movimentado em 2020. "Queremos uma porcentagem razoável desse mercado”, afirma Ítalo Macedo, gerente de novos negócios da Rangel, que está em Portugal para acompanhar a campanha. 

O otimismo do executivo tem por base a projeção de demanda da pera portuguesa Brasil, considerada uma fruta premium, não concorrente com a variedade nacional, cuja safra vai de dezembro a março. 

Embora o euro e o dólar cotados respectivamente na casa dos R$ 6 e R$ 5 sem dúvida afetem o poder de compra dos brasileiros, o fato é que a moeda europeia está ligeiramente mais barata em relação há doze meses. 

Já o frete está um pouco mais caro. Se há dois anos estava na casa dos 800 euros o contêiner, hoje a cotação oscila em 1,1 mil euros. Ainda assim, a avaliação é que o exportador português consegue pôr o produto no Brasil em condições de venda. 

"O consumidor que gosta de pera portuguesa vai comprar o produto – talvez não como há quatro anos, mas vai consumir. Ainda estamos estudando o potencial do mercado e estamos seguros de que haverá demanda”, avalia Macedo.

O executivo também vê outras frutas com boas expectativas de venda nos próximos meses, como kiwii, seriguela, manga e uva a serem colhidas no Uruguai, Chile, na Itália e Espanha. "Esses mercados estão retomando e já se organizam para pôr seus produtos no Brasil”.


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