Just-in-time na logística: conheça os principais benefícios 25 de Março, 2022 Rangel Logistics Solutions Logística Just-in-time ou simplesmente JIT. A expressão (e metodologia) é bem conhecida pelos responsáveis pelas operações logísticas de empresas em todo o mundo. Ela refere-se à estratégia de gestão de inventários que tem como objetivo garantir que uma empresa recebe as mercadorias o mais próximo possível do momento em que estes bens são realmente necessários para seguirem para a etapa seguinte do processo logístico. Dessa forma, a estratégia just-in-time na logística oferece uma gestão mais eficiente e com menores custos dos seus stocks. Como surgiu a estratégia just-in-time na logística? É preciso recuar algumas décadas – até 1960/1970 – para perceber as origens desta estratégia. Criada e implementada pela Toyota, no Japão, nos seus processos de produção, revolucionou os métodos usados para otimizar a produção industrial e também para gerir os inventários. Subjacente ao desenvolvimento deste novo modelo estava a premência de dotar a produção automóvel de maior agilidade, sem afetar a qualidade do produto. Isto numa altura em que o país enfrentava constrangimentos, como restrições de acesso às matérias-primas ou limitações de espaço de armazenamento. A adoção da filosofia just-in-time na logística e produção baseava-se, assim, no princípio de que a organização deveria “produzir o necessário, quando necessário e na quantidade necessária”. Tudo para reduzir ao máximo o desperdício e as perdas do processo. As vantagens desta abordagem levaram, então, a que o just-in-time atravessasse fronteiras e indústrias, fazendo parte da estratégia de gigantes como a Burger King, Apple ou Walmart. As principais vantagens da implementação da abordagem just-in-time na logística Este modelo de gestão de inventário contribui para o aumento do return on investment (ROI), pois reduz os custos com o inventário, diminui o desperdício e melhora a eficiência dos processos. Menores custos A vantagem mais óbvia deste modelo assenta no facto de reduzir substancialmente as necessidades de se constituir inventário. Afinal, cada produto chega à organização pouco antes de ser necessário para a próxima etapa do processo. Com isso, os investimentos na constituição de stocks diminuem, permitindo às organizações canalizarem esse valor para outras áreas e melhorando os fluxos de caixa das empresas – dado que é necessário menos dinheiro para a gestão corrente das organizações. Mas a redução de custos obtém-se também por outras vias. Quando os inventários são mal calculados, um excedente de stocks pode causar desequilíbrios na vida financeira das organizações. Pode também ocorrer a situação contrária, ou seja, um déficit de stocks. Isto significa que a empresa não tem em stock os produtos necessários para satisfazer a procura e os pedidos de clientes, causando danos operacionais, reputacionais, mas também económicos e financeiros. Com a implementação estratégia just-in-time na logística, estes riscos são minimizados, uma vez que as compras de stock são realizadas conforme as necessidades apuradas. Esta metodologia tem ainda a vantagem de proporcionar menores exigências de espaço de armazenamento. Da mesma forma, não são precisos tantos recursos humanos para movimentar e gerir os stocks armazenados. Todos estes fatores contribuem para a redução dos custos operacionais das organizações. Menos desperdício A estratégia JIT permite evitar uma das maiores dores de cabeça das equipas responsáveis pela gestão de inventários: stocks em excesso, que se acumulam nos armazéns e não conseguem ser escoados. O facto de esta estratégia assentar em inventários mais curtos e otimizados reduz o risco de os stocks se tornarem obsoletos. Melhoria da eficiência Os ganhos de eficiência obtidos pela implementação do modelo just-in-time na logística são visíveis em diversos níveis da organização. Por exemplo, relativamente ao aumento da rotatividade dos stocks, às baixas taxas de obsolescência dos produtos e aos processos mais rápidos (sem paragens ou desperdícios de tempo). Maior flexibilidade Como este modelo trabalha com stocks reduzidos, as empresas têm uma maior capacidade de reação e de adaptação face a mudanças do mercado (como alterações dos padrões de consumo). Riscos associados ao sistema just-in-time: o que deve ser acautelado? Apesar dos benefícios associados, esta estratégia não está isenta de riscos e poderá não ser a mais adequada para todas as organizações. Ao trabalhar com inventários mais curtos, uma empresa pode correr o risco de não ter os produtos disponíveis no momento em que o cliente/consumidor os solicita. Portanto, para evitar problemas de ruturas de stock, é fundamental apostar numa análise preditiva rigorosa e no estabelecimento de relações fortes e de confiança com os principais fornecedores. Apostar num controlo rigoroso dos inventários Determinar qual é a quantidade necessária de inventário é um dos grandes desafios do modelo just-in-time. Afinal, qualquer falha nesta etapa pode ter consequências negativas nas operações. As empresas devem assim estar apoiadas em ferramentas de forecasting que lhes permitam ter previsões o mais rigorosas possível. Desse modo, conseguem calcular as necessidades de inventário. Por exemplo, se uma organização não conseguir prever um pico de procura ou de vendas, não terá stocks suficientes para satisfazer as ordens de compra, o que poderá significar perda de receitas ou mesmo de clientes. Trabalhar com uma rede de fornecedores de confiança A aplicação da estratégia just-in-time na logística implica uma maior coordenação e sincronização entre todos os elementos da supply chain, pois uma falha num dos elos da cadeia pode fazer parar as operações de uma organização. Um dos aspetos mais críticos é a definição de relações de confiança e de modelos de trabalho otimizados com os principais fornecedores, para garantir que estes realizam as entregas de mercadoria no momento necessário. Visto que os inventários são menores neste modelo, caso um fornecedor fique impossibilitado de entregar as mercadorias no período previsto, pode causar disrupções na cadeia de abastecimento. Definir um layout adequado no armazém que facilite a agilidade e rotatividade dos stocks A implementação da abordagem just-in-time na gestão de inventários implica uma elevada rotatividade dos stocks. Nesse sentido, as operações em armazém precisam de ser organizadas de forma que se facilite os fluxos e as movimentações das mercadorias, para economizar tempo e recursos. Se procura um parceiro que assegure as necessidades do seu negócio, contacte a Rangel. Temos uma equipa especializada e um conjunto alargado de serviços de armazenagem que incluem a receção dos produtos dos nossos clientes e a sua armazenagem para posterior expedição e entrega ao cliente final. Etiquetas:logística Partilhar no Facebook Partilhar no Twitter Partilhar no LinkedIn
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